Em sinergia com a cidade

A arte está nas ruas, nas praças, nos jardins, debaixo dos nossos pés. Vale a pena ver de perto as obras de arte urbana que talentosos artistas deixaram pela cidade, tranformando-o num museo a céu aberto.

Não se sabe ao certo exatamente quando começa a arte urbana, mas as primeiras manifestações surgiram em Paris, durante a revolução cultural de 1968. Ela chega ao Brasil através de Alex Vallauri, um comunicador visual italiano radicado no Brasil, que teve o dia de sua morte, 27 de março de 1987, transformado em dia nacional do grafite.

A arte urbana, que começa como um tipo de manifestação vista pela sociedade como ato de subversão, passou a ganhar espaço em galerias de arte.  “A vibração das ruas leva às galerias. Pinto com conceito, retrato a minha vida e o meu redor”, disse Toz, artista carioca do grupo de grafite Fleshbeck Crew, para o blog CutucaCultura.

Para Neuber Santana, skatista e técnico em informática, é possível expressar, através do grafite, um sentimento, algo que acontece no momento ou, até mesmo, fazer uma reivindicação com mensagens para a população. Para ele o grafite ainda é marginalizado por ser feito na rua. “O grafite é visto, infelizmente, como uma arte marginal, porque ela não está em grandes exposições, mas sim em locais públicos”, disse. Mas já é possível, sim, ver arte urbana em grandes galerias. 

Até o dia 14 de novembro de 2010, acontece no Rio de Janeiro a mostra “Keith Haring – Selected Works”. O artista, que começou a ganhar reconhecimento desenhando a giz nas estações de metro em Nova York, já teve sua arte exposta em várias partes do mundo e hoje influencia a arte urbana com sua obra.

Outro artista urbano notório é o britânico Banksy. Seus trabalhos, feitos em estêncil e graffite, podem ser vistos, principalmente, nas cidades de Bristol e Londres, na Inglaterra. No início de 2007, a Sotherby’s, sociedade de venda por leilões, vendeu uma das obras de Banksy por 80 mil Euros. Vale lembrar também que, em 2009, o Museu de Arte de São Paulo, MASP, reuniu um grupo de seis artistas brasileiros na exposição “De dentro pra fora / De fora pra dentro”.

Seis grandes murais ocuparam o Hall Cívico e Mezanino do museu com telas e fotografias que foram apagados ao final da exposição. Em Belo Horizonte, locais como o Sesc Palladium já esta servindo de espaço para ser demonstrando o que está nas ruas. O movimento Duelo de Mc’s, que envolve umas das culturas da arte urbana, onde envolve o graffite, Rap, Hip Hop e toda uma sinergia que agrada a quem acompanham e faz crescer esta obra de arte mais que visual, uma obra que fala por todos nós.

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